Sobre chapéus, amor, insensibilidade e mais chapéus!

por CoolHype

Não é de hoje que manifesto paixão por chapéus, mas, fazia um ano que tentava usar tais mimos e nunca acertava, porém, a palavra “tentativa” foi o meu maior estimulante. Não vou ficar falando como o chapéu pode ser versátil e que o mesmo lhe dá um ar londrino, até porque, são informações baratas. Vamos explorar esse acessório primeiramente em sua essência, para depois absorvermos o que chamarei de informação práxis do streetwear, ou seja, para depois tirarmos melhor proveito do “como usar”.

Antes de me tornar um viciado em moda, era totalmente inseguro quanto expor minha personalidade e ideário nas roupas em que vestia. Por tal insegurança, eu adorava usar óculos escuros, era como usar uma máscara, e isso é ruim. Poder demonstrar sua perícia em viver e amar, na roupa e na musica que escuta, é essencial para os campos mais desconhecidos da nossa intimidade. Quando nos privamos da liberdade em demonstrar o que somos e o que pensamos pelo vestuário, é o fim, estado terminal. E nunca, sentiremos o prazer de colocar na cabeça um panamá legitimo, e saber que isso é mais do que um chapéu, é um estado de espírito.

Sabe aqueles filmes europeus, em que os atores são tão superficiais e insensíveis quanto uma parede? O que me atraí nesses filmes são as roupas. O que os atores não conseguem passar em questão de sentimento, o figurino passa. Quando será que os Brazucas entenderão que roupa é mais do que o pano que cobre o corpo? Certa vez a Ludimila em seus momentos de devaneio me proporcionou a seguinte reflexão: “O nosso corpo é como uma tela vazia e sem forma, a roupa é justamente o que preenche” eu completo, alma é a moldura que nos deixa em pé, firmes na parede, prontos para expormos ao mundo quem somos e o que viemos fazer.

Quando falo de chapéus, não falo apenas de chapéus, falo de amor, poesia, árvores, música, falo de vida, parece chato e poético, mas isso é uma provocação, muito agressiva pra falar a verdade. Em minha pesquisa eterna sobre os brasilienses e a cultura de moda, vejo em sua hermética verdade, que o pessoal daqui é insensível, burro no sentido mais agressivo possível e claro, glamuroso. Eca.

Eu realmente não me importo ao fato de um dia, ter 3000 acessos e no outro ter 60, não tenho a pretensão de ser mais um blefe dentre centenas neste cerrado, só quero atingir meu leitor nos seus mais profundos sentimentos quanto à moda e sim, provar que moda pode fazer chorar, rir, odiar e se apaixonar.

Obs.: Está na dúvida quanto à informação práxis do street wear, ou seja, o uso mais esperto do “como usar” o chapéu? Agora pode clicar aqui 😀