Muitos desfiles aconteceram até então, e em cada temporada é visível a troca de gêneros tanto em passarelas quanto nos editoriais.
Tudo começou com Gabrielle Chanel, que quebrou o tabu no quarda-roupa feminino em que, na época, era bem visto apenas o uso de vestidos longos e corpetes. Coco deu liberdade às mulheres, no qual também poderiam desfrutar do conforto de usar uma calça cumprida e camisetas que antes só pertenciam aos homens. Depois dessa ruptura veio Yves Saint Laurent, que na década de 1960/1970 foi o primeiro a vestir as mulheres de smoking. Chanel e Yves, são alguns precursores que deram origem a esse troca-troca.
Hoje, no século XXI, essa inversão dos gêneros vem aparecendo com mais frequência. Não só no closet feminino, a imagem de “caba macho” mostra relevância em algumas coleções. Toda essa troca de roupas não tem haver exclusivamente com a homossexualiade, é apenas uma versatilidade a mais nos guarda-roupas.
Recentemente foi Paul Smith quem em sua coleção apresentou claramente esse universso androgino. Indefinição da silhueta feminina, calças largas e muita alfaiataria foram peças chaves mostrada pela marca.
Paul Smith 2011
Paul Smith 2011
Paul Smith 2011
Mulheres de smoking desfilaram para colheção da Mochino.
Mochino 2011
Mochino 2011
Já para o closet dos rapazes a marca Raf Simons mostra um toque feminino em sua coleção, que tem como modelo escalado Andrej Pejic.
Raf Simons
Raf Simons
Em Brasília nós tivemos Romildo Nacimendo, que com o tema “Extinção do cromossomo Y” mostrou que homens podem usar rendas e muito rosa.
- Conheça quem faz a imagem da androginia
Meninos franzinos, belos cabelos cumpridos, lábios carnudos e um olhar inocente foi o suficiente para estilistas contrata-los para fazerem, além das campanhas masculistas, campanhas femininas. O modelo androgino mais cotado é Andrej Pejic. Com seu cabelo longo e loiro pode ser fácilmente confundido com uma bela mulher. O australiano, que está no 13º lugar no ranking do models.com, fez campanhas para coleção de Primavera/Verão de nada menos que Marc by Marc Jacobs e Jean Paul Gaultier. Participou também dos editoriais da Vogue Turquia e da Tush Magazine.
primavera/verão 2011 - Marc by Marc Jacobs
primavera/verão 2011 - Jean Paul Gaultier
Vogue Turquia
Tush Magazine
O mesmo agente que lançou Andrej já tratou de encontrar outro menino andrógino, James Varley. O new face de 21 anos que, ao contrário de Andrej ele é heterosexual, diz gostar que as pessoas tenham um olhar feminino e masculino sobre a sua imagem. Dono de uma beleza absurda James é uma grande aposta para o momento.
Lea T. Esse nome já é o bastante. Fenômeno mundial que já provocou tanto burbulho que mesmo quem não está por dentro dos assuntos de moda já ouviu esse nome. Nasceu como Leonardo Cerezo (filho/a do ex jogador de futebol Toninho Cerezo, que não aprova a nova vida do/a filho/a) que hoje é mais conhecida como Lea T. A transsexual é do tipo de pessoa que é reconhecida primeiramente fora do Brasil, no caso, na campanha da Givenchy em 2010.
A brasileira Lea já beijou Kate Moss na capa da revista LOVE, foi entrevistada pela Oprah e veio recentemente ao Brasil com exclusividade para desfilar na marca de Alexandre Herchcovitch no SPFW, aonde Alexandre declarou que “No Brasil o que prevalece é o preconceito. Não interessa aos preconceituosos ir a fundo e identificar o que cada um tem de bom, independentemente de sua condição. O preconceito faz com que andemos para trás interrompendo a evolução das pessoas”.
Jamie Bochert (27) é uma mistura de Joan Jett, Patti Smith e Cher. Modelo, cantora, guitarrista, pianista, assistente, musa e garota propaganda de Marc Jacobs. Casada com o ator Michael Pitt, a modelo já desfilou para Diane Von Furstenberg, Missoni, Pucci, Roberto Cavalli, Jean Paul Gaultier e Viktor & Rolf. Jamie está na lista de antimodelos que dão certo, que assim como Lara Stone possui uma beleza exótica.
Campanha Primavera/Verão Lanvin 2010
Jamie ao lado do marido do editorial da Vogue italiana